Reforma Universitária:
progresso ou regresso educacional?
Progresso
educacional com a reforma universitária é algo questionável e duvidoso.
A proposta de
reforma universitária do Governo Lula tem como características subseqüentes
depositar o maior numero de estudantes possíveis nas mais diversas entidades de
educação superior objetivando qualidade e equidade na educação.
Com essa reforma o ministério busca
qualificar e inserir na educação superior as mais diversas etnias que por muito
tempo permaneceram desolados sem oportunidades de freqüentar uma Universidade.
A proposta de Lei de Reforma da
Educação Superior causa grande impacto na base educacional, uma vez que,
deveria acontecer de baixo para cima, começando pela escola de tempo integral,
com espaço sócio assistencial e também com a qualificação dos professores da
educação infantil e dos anos seguintes para que futuramente todos os estudantes
tenham capacidade econômica e intelectual para freqüentar uma universidade na
época certa e que possa desenvolver trabalhos importantes de pesquisa e difusão
das descobertas cientificas, aprimorando seu capital cultural.
O Brasil tem, em sua população um
total de 46% de afrodescendente segundo o IBGE ( Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística) . Mas entre os universitários eles são por volta de 8%
segundo o mesmo instituto. O ministro Tarso Genro enviou proposta ao presidente
Lula sobre a reserva de 20% das vagas que devem ser dividida entre os negros e
indígenas. São 46% de negros no Brasil para partilhar 20% das vagas com os
indígenas e com alguns alunos que insistem em se beneficiar com propostas
governamentais.
Considerando estes fatos podemos
notar que mesmo com propostas de reforma inclusiva, cota seletiva, contudo isso
os negros continuam marcados pela herança da divida social que desenrolam desde
os primórdios histórico da formação da cultura brasileira e por mais que se
façam propostas evolutivas é preciso repensar, porque nem sempre elas saem do
papel, e quando saem beneficiam outro publico, ou seja os negros permanecem
marginalizados, apesar de existir várias propostas que o beneficie,
dificilmente o beneficio chega ao fim que se destina.
Sabemos que as propostas de inclusão
do Governo Federal apresentam grandes falhas. O pro uni ( Programa Universidade
para todos) com o objetivo de oferecer a alunos de baixa renda bolsas de
estudos em faculdades privadas, através do Enem( Exame Nacional do ensino
médio) recentemente denuncias comprovaram que estes programas vem sendo burlado com freqüência .
O objetivo primordial do programa e
ajudar estudantes oriundos de escolas públicas sem condições para custear os
estudos, mas nem sempre estes programas beneficiam estudantes de baixa renda,
por muitas vezes alunos com boas condições financeiras burlam estes programas e
ocupam vagas de desvalidos. Nesses aspectos quem será a minoria beneficiada
pela polemica reforma universitária?
Nota-se que os maiores beneficiários
da tal reforma são as instituições privadas que têm isenção de alguns tributos
fiscais. Outrora estudantes falsários que aproveitam as brechas para ocupar
vaga de um menos favorecido.
A reforma universitária do governo
Lula aprofunda a precarização do trabalho docente e consequentemente, da
produção intelectual. A proposta de aumentar o numero de vagas nas
universidades estatais ocorre através do aumento da carga horária dos
professores o que significa mais tempo em sala de aula e menos tempo para
pesquisa.
Haverá com isto um regresso
educacional, pois o professor terá menos tempo para pesquisa e atualização,
além do fato de que quanto maior o numero de alunos menor é o rendimento destes
e esta era uma das vantagens do ensino superior estatal sobre o privado.
Contudo as universidades despejam no
grande funil social um numero enorme de diplomados sem qualificação
profissional.
Diante de todos os fatos abordados
torna-se claro que o progresso educacional está longe de acontece; enquanto
todos tratarem a educação como fonte de lucratividade seja ela financeira ou
marqueteira a educação continuará em permanente regresso.